Às vezes sinto saudades da escrita. Acariciar palavras, embaralhá-las, sentir nas mãos sua textura. Noutras, sinto saudades do tempo, seu contar de horas caminhando lentas, delongadas uma após a outra. Há vezes, ainda, em que sinto saudades de uma areia viscosa e densa a tocar-me os pés e roçar-me o corpo, trazida grão a grão pelo vento quente. Saudades de ler Rimbaud e, boêmio, ter com ele. Versos de amor infinito a invadir a alma.
Emaranhada em novelos de palavras, me desfaço tempo, areia, saudade.
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Um comentário:
Ah, que delícia passar por aqui e encontrar uma escrita sua, um novelo de palavras que você tece tão bem.
Beijos na alma.
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