
Sábado fui assistir a seu show no Credicard Hall e pude relembrar desse tempo em que, entre outras coisas, eu tinha tempo pra cantar e até pra me arriscar a compor algumas canções que falavam de terra, mato e esperança de um dia sumir daqui. Eu tinha, então, 20 anos, todo o tempo do mundo e sabia quem eu era e o que eu queria. É claro que não saí de São Paulo, casei, separei, parei de cantar, me atolei no trabalho e me esqueci de tudo aquilo, inclusive de que eu gostava tanto desse moço. E de suas canções, claro.
Saí do show desse caboclo lindo (que agora usa óculos) sob chuva forte, com 2 CDs que eu ainda não tinha e que a Juju me deu, e determinada a não passar mais um verão sem me lembrar de todas essas coisas de que, de verdade, tanto gosto.
Essa canção (que na gravação original tem a belíssima 2ª voz de Alzira Espíndola) ele não cantou, mas eu adoro.
Mais um verão
Já lá se vai a sumir
Por entre os dedos da minha mão
E nada guardei pra mim
E a geração
Que a tudo fez consumir
Volta a temer profecias
De astros em conjunção
Será que chegou o fim?
Por moedas de ouro e prata
Quanta gente ainda se mata, ai, ai
Eta velho mundo louco
Quer se destruir
Aconteça pois assim
Mais um verão
E só me resta fingir
Ir ao castelo da ilusão
Sonhando ser Aladim
Poder então
Por tudo me repartir
Ser como as folhas de outono
Num vento sem direção
Dormir em qualquer jardim
Aflição nem vou mais sentir
Se o segredo é se divertir, ai, ai
Eta velho mundo louco
Não quer mais sorrir
Entristeça, pois, enfim
Mais um verão
Já lá se vai a sumir
Por entre os dedos da minha mão
E nada guardei pra mim
(Mais um verão - Almir Sater e Paulo Simões)
Um comentário:
Boa questão para se ter por perto: mas do que afinal eu relamente gosto?
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