28 de mar. de 2010

Se te devo

Devo
um riso triste
Ao desperdício do desejo.
Devo
um olhar morto
À poesia não dita.
Devo
palavras ásperas
A respostas nunca escritas.
É verdade,
Devo.
Muito do que sou
A alguém que não reconheço.